Você já deve ter reparado no hábito canino de roer ossos. Comportamentos de animais geralmente têm origem de uma herança da evolução da espécie.
A ansiedade, por exemplo, é um resultado da seleção natural sobre os humanos, ou qualquer outro animal. Ou seja, os indivíduos que se preocupavam pouco com o futuro acabaram morrendo por falta de comida ou por predação.
Por isso a ansiedade é um sentimento tão presente na espécie humana, afinal ela está relacionada com a nossa sobrevivência. Isso ocorre também com comportamentos que podem parecer bem simples.
Imagine novamente um cachorro mastigando seu osso. Não há nenhum motivo aparente para que o pet faça isso, já que geralmente não há mais carne ali.
Ainda assim, a grande maioria dos nossos amigos caninos fica bem feliz em ganhar um brinquedo para roer. Portanto, a evolução selecionou cães que gostavam de roer ossos. E Charles Darwin pode explicar esse comportamento, assim como muitos outros.
Acontece que os ancestrais dos nossos cães domésticos eram parecidos com os lobos e cães selvagens modernos. Eles habitavam sobretudo as planícies frias das regiões ao norte do planeta e algumas regiões da África e Ásia desde mais ou menos 8,000 anos atrás.
Esses caninos viviam em ambientes muito competitivos e com poucas presas. Portanto, precisavam usar cada caloria que conseguissem. Muitas espécies de caninos, inclusive, foram extintas por causa dos gatos: tigres e leões pré-históricos habitavam as mesmas regiões e também competiam pelas mesmas presas.
Afinal, do que é feito um osso?
É preciso lembrar que os ossos não são maciços, mas eles contêm a medula óssea. Ela é um interior bastante importante para o funcionamento do corpo e também bastante rico em nutrientes.
Esse tecido gelatinoso no interior dos ossos produz boa parte do sangue e do sistema imune e é composto principalmente de gorduras.
Estas últimas, veja só, são moléculas altamente energéticas. Os ossos também são ricos em cálcio, potássio e magnésio, dentre outros sais minerais importantes.
Evidências indicam que a estação do ano ou período da vida de um animal podem influenciar a quantidade de gordura presente no corpo.
É possível então que os ancestrais dos nossos cãezinhos precisassem se alimentar de ossos para complementar sua dieta básica e evitar a subnutrição durante o inverno.
Por isso, a evolução selecionou cães que gostavam de roer ossos.
Por Mateus Marchetto
Matéria adaptada do portal: https://socientifica.com.br/
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